sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Pequeno Príncipe

 - É claro que eu te amo - disse-lhe a flor. - Foi minha culpa não perceberes isto. Mas não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Tenta ser feliz... Larga esta redoma, não precisa mais dela.
- Mas o vento...
- Não estou tão resfriada assim... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor.
- Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho  minhas garras.
    E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Então vai!
    Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...

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